02 outubro, 2016

Porta-aviões Taiho da Marinha imperial Japonesa



IJN taiho-Imagem feita por um tripulante de bombardeiro naval japonês 

Taiho em sua primeira viagem de teste
Provavelmente o melhor porta-aviões japonês da II guerra mundial, o Taiho é o resultado de a espionagem japonesa ter recebido informações sobre os novos porta-aviões britânicos da Classe Illustrious
Esses porta-aviões apresentavam uma característica distintiva relativamente a todos os outros navios do tipo, possuiam uma coberta blindada.

Os japoneses começaram por isso a estudar um novo tipo de porta-aviões blindado. A construção do Taiho foi autorizada em 1939 e o navio foi lançado em 1941, ainda antes do inicio da guerra com os Estados Unidos.
Já depois do inicio do conflito, a debilidade dos porta-aviões japoneses ficou clara quando em 1942 o Japão perdeu em algumas horas quatro porta-aviões
Baseado nos porta-aviões da classe Shokaku, os Taiho tinham uma blindagem de 76mm na coberta superior e poderiam resistir com mais facilidade a bombardeamentos. A somar a essa proteção havia um segundo hangar que tinha uma proteção de 35mm de blindagem.
Na linha de água o navio tinha uma blindagem protetora de 150mm.
No entanto, por causa do centro de gravidade ficar mais alto e para que não ficasse comprometida a estabilidade do navio foi construido menos um decks acima da linha de água que no Shokaku, e esse deck que teve que passar para baixo da linha de água.

Características do navio 

O Taiho foi o primeiro porta-aviões japonês a contar com radar de aviso de aproximação de aeronaves.
Até 84 aeronaves podiam ser transportadas, embora a falta de aviões levasse a que o navio nunca tivesse o seu complemento de aeronaves completo.

Por essa razão ele foi o mais poderoso porta-aviões japonês da II guerra, ainda que tivesse um deslocamento muito inferior ao porta-aviões-couraçado Shinano, um derivado do super couraçado Yamato que podia operar 35 aviões.

A derrota japonesa em Midway, levou a que fossem encomendados de imediato mais duas unidades ligeramente maiores e nesse mesmo ano foi aprovado um programa de emergência para a construção de mais cinco navios do tipo.
Nenhum desses sete navios encomendados chegou sequer a ver a sua construção iniciada.

O Taiho entrou ao serviço em 7 de Março de 1944.
Três meses depois, estavam operacionais 42 aviões a bordo, como navio almirante, transportando o vice-almirante Ozawa a bordo.

O navio foi atingido por um torpedo de um submarino americano durante a batalha do mar das Filipinas em 19 de Junho de 1944 entre as 07:45 e as 08:00 da manhã.
O torpedo atingiu o deposito de combustível para aviação, ao mesmo tempo que um dos dois elevadores ficava encravado.
No entanto o navio continuou a navegar, utilizando o outro elevador para continuar as operações de lançamento de aviões.

A tripulação não tinha muita experiência na reparação dos danos e embora tivesse sido detetado que o combustível derramado estava a evaporar não foram tomadas precauções para evitar maiores problemas.

Imagem modelada em computadores do IJN Taiho em 1944 na batalha do Golfo de Leyte

Foi acionado o sistema de ventilação, mas aparentemente isto não teve grandes resultados, pois o vapor continuava a espalhar-se pelo navio.

Numa tentativa para tentar ventilar o navio, foi ordenado que fossem abertas todas as condutas de ventilação e portas.
O resultado foi que áreas que ainda não tinham sido afetadas pelos gases passaram a ficar contaminadas e aumentou a probabilidade de ignição.

O inevitável acabou por ocorrer por volta das 14:30, mais de seis horas depois de o navio ser atingido pelo submarino americano. O navio explodiu violentamente, tendo o deck saltado e os bordos do navio rebentado.
O Taiho começou a afundar imediatamente, mas o navio só se afundou totalmente duas horas depois, às 16:28, após uma segunda grande explosão. Morreram 1650 dos 2150 homens que se encontravam a bordo.
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